Violência contra a mulher faz mais uma vítima em Mato Grosso do Sul

A professora Cinira de Brito, de 44 anos, foi brutalmente assassinada a facadas no final da tarde desta quinta-feira (31), em Ribas do Rio Pardo, tornando-se a 20ª vítima de feminicídio registrada em Mato Grosso do Sul neste ano de 2025.

O principal suspeito do crime é o próprio companheiro da vítima, um homem de 41 anos, que após o ataque tentou tirar a própria vida ingerindo uma substância tóxica e desferindo facadas contra si mesmo.

Ele foi socorrido com vida e encaminhado em vaga zero para um hospital de Campo Grande, onde acabou morrendo.

Segundo as informações preliminares, Cinira foi atingida por cinco facadas — duas nas pernas e pelo menos três no abdômen. Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar estiveram no local e deram início às investigações. O crime chocou a população da cidade e acendeu mais uma vez o alerta sobre a violência letal contra mulheres no estado.

Com a morte de Cinira, Mato Grosso do Sul já soma 20 feminicídios somente em 2025. O caso anterior havia sido registrado em Naviraí, quando Juliete Vieira, de 35 anos, foi morta com uma facada no pescoço desferida pelo próprio irmão.

Entre as vítimas desse ano estão mulheres de diferentes idades e cidades, assassinadas de forma brutal, muitas vezes pelos próprios companheiros, ex-parceiros ou familiares. Casos como o de Vanessa Eugênio Medeiros, morta por estrangulamento e depois carbonizada pelo marido; de Emiliana Mendes, estrangulada em Juti; e de Sophie Eugenia Borges, um bebê de apenas 10 meses asfixiada e também queimada junto à mãe, em Campo Grande, escancaram a gravidade do cenário.

A lista de mulheres mortas em 2025 inclui também Karina Corin, Vanessa Ricarte, Juliana Dominguez, Mirieli dos Santos, Gisele Cristina Oliskowiski, Andreia da Silva Arruda, Ivone Barbosa da Costa Nantes, Thacia Paula Ramos, Simone da Silva, Olizandra Vera Cano, Graciane de Sousa Silva, Eliana Guanes, Doralice da Silva, Rose Antônia de Paula, Michely Rios Midon Orue, e Juliete Vieira — todas vítimas de uma violência que não dá trégua.

O feminicídio, que é o assassinato de mulheres motivado por questões de gênero, continua fazendo vítimas no estado, apesar das leis e campanhas de conscientização. A tragédia vivida por Cinira e tantas outras mulheres revela um ciclo de violência que precisa ser interrompido com urgência, por meio de ações firmes do poder público, da sociedade e das instituições de proteção à mulher.

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