A Polícia Civil de Brasilândia encontrou um cenário de extrema crueldade no Assentamento Mutum, onde um idoso de 68 anos foi preso em flagrante, acusado de matar dezenas de animais por envenenamento. A ação ocorreu após denúncias de moradores e da Vigilância Sanitária, que relataram uma sequência de mortes suspeitas de cães e gatos na região rural.
Ao chegarem ao local, após cerca de quatro horas de deslocamento, os policiais se depararam com vários animais mortos — alguns ainda expostos ao relento e outros parcialmente enterrados. Os corpos apresentavam sinais claros de intoxicação, reforçando o relato das famílias que conviviam com o desaparecimento e morte constante de seus animais de estimação.
Durante as diligências, moradores apontaram o suspeito como responsável pelas mortes, afirmando que o envenenamento ocorria de maneira repetida e sistemática. Em buscas na casa dele, a polícia apreendeu venenos, alimentos misturados a substâncias tóxicas utilizados como isca, frascos abertos e materiais que indicam a preparação deliberada para eliminar os animais.
As denúncias revelam que a matança não é recente: mais de 20 cães e gatos teriam sido mortos entre 2024 e 2025, e o suspeito já responde por outros inquéritos semelhantes. Mesmo após tentativas anteriores da polícia de obter sua prisão preventiva — negada à época — os ataques continuaram.
Diante do volume de provas e da gravidade dos atos, o homem foi autuado em flagrante por maus-tratos e morte de animais, conforme a Lei de Crimes Ambientais. A Polícia Civil voltou a solicitar sua prisão preventiva para impedir novas mortes e proteger a comunidade do assentamento.