Com 76% das famílias brasileiras endividadas e quase 29% em situação de inadimplência, a educação financeira surge como ferramenta crucial para evitar problemas econômicos e melhorar a qualidade de vida. Especialistas apontam que o aprendizado sobre planejamento de gastos, poupança e investimentos vai além da economia doméstica, podendo reduzir estresse, conflitos familiares e fortalecer a resiliência social.
Segundo Geraldo Luiz Silva, professor de Ciências Contábeis da Estácio, embora a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclua o tema, ainda há lacunas na formação docente, nos materiais pedagógicos e na integração com políticas educacionais.
A realidade econômica, marcada por juros altos, inflação e crédito restrito, reforça a necessidade de organização financeira, já que muitas famílias recorrem ao crédito para manter o consumo, entrando em um ciclo de endividamento.
Especialistas recomendam que cada família estabeleça orçamento doméstico, defina prioridades, evite gastos por impulso e construa reservas de emergência, aposentadoria e investimentos. Silva ressalta que a educação financeira não apenas ensina a lidar com dinheiro, mas também contribui para formar cidadãos conscientes e capazes de planejar o futuro com segurança.