A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), deu início a um ensaio clínico multicêntrico que irá testar a eficácia de um aplicativo de celular voltado ao tratamento da dor lombar não específica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial sofrerá com dores na região lombar em algum momento da vida — o que reforça a importância de soluções acessíveis e efetivas para o problema.
A pesquisa vai comparar o uso do aplicativo com métodos tradicionais de acompanhamento, avaliando resultados clínicos e custo-efetividade. A intervenção terá duração de oito semanas, com acompanhamento dos voluntários por um ano.
Como participar
O estudo será realizado simultaneamente em Campo Grande e Brasília, com 70 voluntários em cada cidade. Podem se inscrever pessoas entre 18 e 59 anos, que apresentem dor lombar há pelo menos três meses e que não tenham feito tratamento específico para o problema nos últimos seis meses.
As inscrições estão abertas online, por meio deste formulário de voluntário.
Avaliação e metodologia
Coordenado pelo professor Thomaz Burke, do Instituto Integrado de Saúde (Inisa/UFMS), o estudo está em sua segunda fase. A primeira foi o desenvolvimento do aplicativo; agora, será testada sua efetividade em um ensaio clínico randomizado.
“O participante passará por avaliações físicas e clínicas para identificar possíveis causas da dor. Depois disso, será alocado de forma aleatória em um dos grupos: o que utilizará o aplicativo ou o que seguirá métodos convencionais de tratamento”, explica o pesquisador.
O estudo busca entender se o uso da tecnologia pode ser uma alternativa viável, de baixo custo e com bons resultados para o autogerenciamento da dor lombar, um problema que impacta milhões de pessoas em todo o mundo.