O Dia Nacional de Segurança do Paciente, celebrado em 17 de setembro, chama a atenção para a necessidade de práticas seguras em todos os níveis da atenção à saúde. Em Mato Grosso do Sul, o tema ganha destaque com a atuação do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente (Negesp), responsável por implementar protocolos baseados em diretrizes nacionais e internacionais para reduzir riscos e falhas no atendimento.
Segundo a coordenadora do núcleo, médica Eduarda Tebet, a segurança do paciente depende de uma rede integrada. “A cadeia de segurança envolve todos, desde a administração hospitalar até a checagem simples de uma pulseira de identificação feita pelo próprio paciente”, explica.
Ela lembra que médicos envolvidos em erros de atendimento também sofrem impactos emocionais e profissionais, sendo chamados de “segunda vítima”. Por isso, reforça que a abordagem deve ser coletiva, apoiando os profissionais e ao mesmo tempo prevenindo falhas.
Boas práticas e resultados
No Estado, o Negesp atua como referência para estimular protocolos, acompanhar indicadores e capacitar equipes. Entre os exemplos, está o uso do checklist de cirurgia segura da OMS, que pode reduzir a mortalidade cirúrgica em até 43%, segundo estudos internacionais. Outro destaque é o Safe Childbirth Checklist (SCC), também da OMS, que ajuda a diminuir a mortalidade perinatal. Pesquisas mostram que a aplicação do protocolo reduziu em cerca de 11% os casos de natimortalidade.
Problema global
Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que 2,6 milhões de pessoas morrem por ano em hospitais em decorrência de falhas na atenção à saúde. O número reforça a segurança do paciente como uma questão de saúde pública mundial que exige engajamento permanente de gestores, profissionais e usuários.
