Na madrugada de 8 de fevereiro deste ano, um homem de 40 anos, identificado como Jader Alves Correa, conhecido como “Nego Jader”, foi encontrado morto em uma rua do bairro Vila Danúbio Azul, em Campo Grande. O corpo apresentava sinais de extrema violência: afundamento no crânio, múltiplas fraturas e perfurações no tórax provocadas por arma branca.
Próximo ao local, a polícia recolheu pedaços de madeira, pedras e garrafas quebradas utilizados no crime. Uma faca também foi localizada em uma lixeira próxima.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de 19 pessoas, revelaram que a vítima se envolveu em uma confusão com um homem embriagado. Durante o confronto, o filho desse homem interveio, iniciando uma briga. Populares que conheciam pai e filho passaram a perseguir Jader, que tentou fugir, mas foi alcançado e espancado com chutes, socos, garrafadas e golpes de madeira.
Em determinado momento, um dos agressores arremessou um palete contra a cabeça da vítima, que desmaiou imediatamente. Em seguida, Jader ainda foi atingido com facadas no tórax.
A DHPP identificou cinco envolvidos nas agressões: quatro adultos, de 41, 24, 23 e 20 anos, além de um adolescente de 18 anos. O inquérito apontou quem foi o autor das facadas, quem lançou o palete e quem desferiu os demais golpes.
Os quatro maiores de idade alegaram legítima defesa, afirmando que a vítima portava duas facas. No entanto, a polícia concluiu que não houve tal situação e os indiciou por homicídio qualificado, praticado de forma cruel e sem chance de defesa à vítima.
O caso envolvendo o adolescente foi encaminhado à Delegacia Especializada da Infância e Juventude para os procedimentos cabíveis.
